sábado, 26 de dezembro de 2009

Curso - Atividades Interativas na sala de aula


O curso Atividades Interativas foi realizado pelos professores das Escolas Municipais de Taió-SC nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2009. O curso oferecido pela Secretaria de Educação do Município foi ministrado pela equipe do SENAC nas dependências da escola Prefeita Erna Heidrich em Taió. O curso foi muito gratificante para todos, pois ampliou e reavivou conhecimentos, táticas de ensino e inovações muito interessantes para a nossa prática pedagógica. Todos nós agradecemos a oportunidade e o empenho de todos, especialmente das professoras Adriana e Eleussis.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL!?!?!?


FELIZ NATAL!
É isto que ouvimos e repetimos diversas vezes neste 25 de dezembro. Mas, ao repetirmos tantas vezes estas palavras será que pensamos no seu real significado? O que é para nós um Feliz Natal? Estas são apenas duas perguntas das tantas que poderiam ser feitas. Ao desejarmos um Feliz Natal ao nosso pai, à nossa mãe, aos nossos parentes e amigos estamos mesmo desejando o quê? Será que estamos desejando o re-nascimento de Jesus em nossos corações, com muita alegria, com muito amor, com o desejo de que a união e a paz reinem sempre nos corações de cada um ou estamos apenas desejando fazer logo a troca de presentes, revelação do amigo secreto, deliciar-se com a farta ceia de Natal??
É preciso e faz-se extremamente necessário que o significado do Natal seja revisto e repensado por todos nós. É no seio da família que temos o poder de mudar o mundo, começando pelos nossos pequenos jovens, pequenos futuros governadores, presidentes do nosso país. É ali numa celebração natalina que os pais têm o poder de fazer com que nossas crianças sintam o verdadeiro sentido do Natal, este de cidadania, de ética (no trabalho, na família, sem enganações).
Ser feliz sim, sempre. Comemorar o Natal com uma bela e deliciosa ceia, sim. Trocar presentes, sim. Mas o que não podemos deixar de lado é o verdadeiro sentimento que temos em nossos corações e que não podem ser apenas deixados de lado e muitas vezes até esquecidos. Precisamos reavivar nossos corações, abrir nossas mentes para novas perspectivas, para a busca de um mundo melhor.
Precisamos de um mundo cada vez melhor e mais humano. Só que não podemos ficar esperando isto dos outros, de uma reunião em Copenhage para melhorar a situação do meio ambiente, dos políticos que revejam sua prática e suas decisões, do homem que atravessa a rua, não podemos ficar esperando melhorias apenas dos outros. E nós? Nós temos o poder de mudar o mundo. São com atitudes simples e pequenas realizadas no dia a dia que mudaremos o mundo.
Precisamos pensar nisso e não esperar apenas que o outro faça. Que comece agora depois de ter comemorado o Natal para que o ano de 2010 seja melhor do que foi este. E que os Natais que ainda virão sejam ainda melhores, com mais amor no coração de cada um.
(Escrito por Vânia Fuchter Petris em 25 de dezembro de 2009)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Artigo - PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA VIDA ESCOLAR DOS FILHOS

PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA VIDA ESCOLAR DOS FILHOS

RESUMO
A realidade atual nos leva a pensar profundamente a respeito da vida escolar das crianças. Vale ressaltar as mudanças ocorridas na estrutura familiar e principalmente da participação dos pais na vida escolar dos filhos. Os professores e pais precisam caminhar juntos para que o processo de formação das crianças seja o mais gratificante possível. Mas será que pais e profissionais da educação realmente caminham juntos? Buscam-se respostas com mais freqüência do que há algum tempo atrás. Tanto a escola quanto os pais são fontes importantes para a socialização e a educação das crianças e faz-se necessário que ambos caminhem juntos para que se obtenha resultados satisfatórios tanto na vida escolar quanto familiar. O envolvimento dos pais proporciona ao filho encorajamento e suporte ao progresso escolar. O acompanhamento dos pais na vida escolar dos filhos traz maior facilidade em detectar possíveis problemas dos filhos. Bons pais não deixarão que os problemas familiares se tornem mais importantes que a educação dos filhos. O objetivo do presente artigo foi o de apresentar orientações para que os pais auxiliem os filhos em sua vida escolar, que aprendam a detectar os possíveis problemas e que reflitam um pouco de que a educação dos próprios filhos deve ir além dos problemas pessoais. E que os pais tenham um maior envolvimento na vida escolar de seus filhos.

Palavras-chave: Crianças. Estrutura familiar. Pais. Educação. Progresso escolar. Orientações educacionais.

1 INTRODUÇÃO
As transformações ocorridas no decorrer dos últimos anos nos levam a refletir também nas conseqüências ocasionadas por tais mudanças. Mudanças estas relacionadas tanto à família quanto à escola. Pais, professores, profissionais da educação precisam estar preparados para solucionar problemas ocasionados pelas transformações mundanas; transformações estas tanto no meio familiar quanto no meio escolar nos quais as crianças estão inseridas.
É possível citar várias transformações e mudanças como as crianças que não têm uma estrutura familiar e conseqüentemente não têm suporte para o seu desenvolvimento educacional. Muitas crianças não são criadas pelos próprios pais, ou nem mesmo vivem com ambos; são filhos de pais separados, madrastas, padrastos, avós ou ainda outros parentescos.
Além destes fatores ainda pode-se incluir o fator de que a convivência familiar transformou-se na maioria das famílias. São pais e mães que precisam trabalhar muito, e que, às vezes, não têm tempo nem mesmo para os próprios filhos.
“Pais e filhos vivem ilhados, raramente choram juntos e comentam sobre seus sonhos, mágoas, alegrias, frustrações”. (CURY, 2003, p. 12).
Trabalho em excesso e família em regresso. A família é essencial na formação das crianças e dos jovens. Porém, a realidade, na maioria das vezes, é que as crianças não têm um monitoramento ou suporte nas atividades escolares.
Os pais não têm tempo para acompanhar seus filhos e ainda acabam se estressando com tantas responsabilidades e problemas. O estresse muitas vezes pode acabar resultando em agressões contra os próprios filhos, pode resultar na violência doméstica e os filhos decaindo na vida escolar.
Os pais precisam estar preparados para fazer um bom acompanhamento dos filhos na escola. Lembrando que todas as crianças têm seus direitos garantidos e que estes devem ser respeitados. Em muitas famílias as crianças não têm voz, nem vez, ou seja, muitas vezes podem estar sofrendo com ameaças, com apelidos pejorativos na escola e que não se encorajam nem mesmo em contar para os pais.
Os pais precisam estar envolvidos na vida escolar de seus filhos participando ativamente, monitorando as atividades diárias, conversando com seus filhos, buscando identificar possíveis problemas tanto comportamentais quanto educacionais. Bons pais estão preocupados com a formação de cidadãos e pessoas responsáveis e não na formação de ‘bonecos’ que acatam tudo que lhes é imposto sem buscar aquilo que realmente é.
“O ‘eu’, que representa a vontade consciente ou a liberdade de decidir, tem de ser treinado para tornar-se líder e não um fantoche”. (CURY, 2003, p.30).
Faz-se extremamente necessário nos dias atuais que os pais juntamente com professores e orientadores busquem soluções imediatas para problemas de disciplina, de comportamento, de violência doméstica e do bullying na escola. Precisam cada vez mais estar preparados para identificarem mudanças nos filhos e buscarem solucionar os problemas.
É através do empenho, do envolvimento e da participação dos pais na vida escolar dos filhos que teremos pessoas mais preparadas para enfrentar as dificuldades e obstáculos que surgem na vida de todos nós.
Sendo assim, este artigo tem a finalidade de apresentar alguns fatores que podem influenciar na baixa produtividade escolar, na convivência familiar e escolar e também algumas orientações direcionadas aos pais para que possam proporcionar apoio e suporte na vida escolar de seus filhos. Não esquecendo também de que as crianças têm seus direitos garantidos e que os mesmos devem ser respeitados.
Buscam-se respostas a questões pertinentes no meio familiar e escolar das crianças através de pensadores e pessoas envolvidas com tais situações. É através de estudos já realizados que se busca compreender melhor a importância da atuação dos pais na vida escolar de seus filhos. Compreender e conhecer os empecilhos que atrapalham o rendimento escolar das crianças e conhecer melhor os direitos que são especialmente direcionados às crianças e aos adolescentes.
É através do Estatuto da Criança e do Adolescente que conheceremos um pouco mais dos direitos reservados a eles. Além de tudo que já foi anteriormente mencionado faz-se necessário compreender o porquê da participação dos pais na vida escolar dos filhos, a importância de envolver-se e ser pessoa atuante na formação das crianças.
Busca-se através deste saber identificar possíveis problemas identificados nas crianças e saber como e o que fazer para poder solucioná-los. E também a fundamental importância dos pais demonstrarem interesse na vida de seus filhos.
E assim como menciona Içami Tiba (2002, p. 62) em seu livro Quem Ama Educa de que “a planta possui a força da sobrevivência, mas são os outros que lhe dão as condições de vida” devemos lembrar sempre de que são as crianças que desenvolvem sua formação, mas que os principais responsáveis pela formação sadia são os pais, e que estes devem proporcionar condições favoráveis. E é por isso que os pais precisam estar inteiramente preparados para isso.
Sendo assim este artigo apresenta alguns fatores que atrapalham o bom andamento dos filhos na escola, direitos das crianças e algumas orientações direcionadas aos pais. Tudo para proporcionar às crianças melhor formação pessoal e proporcionar aos pais conhecimentos relacionados aos temas.

2 FATORES QUE ATRAPALHAM O BOM ANDAMENTO DOS FILHOS NA ESCOLA
As crianças enfrentam várias dificuldades em sua vida escolar, desde problemas familiares, financeiros até problemas pessoais como preconceitos, não acompanhamento nas aulas, baixa produtividade, rejeição pelos colegas. Porém vale ressaltar dois fatores que estão relacionados aos pais e ao acompanhamento dos mesmos na vida escolar dos filhos, fatores estes relacionados à responsabilidade dos pais de proporcionar suporte aos filhos e que não sejam mais um empecilho na vida das crianças. O primeiro fator está diretamente relacionado aos pais na convivência familiar – a violência doméstica e o segundo fator com a convivência dos filhos com os colegas da escola e a prática do Bullying.

2.1 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
As conseqüências de uma família desestruturada são visíveis e os primeiros sinais se refletem no rendimento escolar e no comportamento. As famílias nem sempre são bem estruturadas financeiramente e uma das conseqüências é uma convivência familiar com discussões, brigas e violência. Faz-se extremamente necessário que os professores estejam atentos aos primeiros sinais de mudança no aluno. Rendimento escolar baixo, mau comportamento, dificuldade de concentração e aprendizagem são os principais fatores de que alguma coisa não está bem com a criança.
Segundo Carol Hungria (2008) a própria situação da criança ou adolescente denuncia a sua condição. Eles estão sempre acuados, não apresentam rendimento adequado na escola, ficam deprimidos e, ainda, muitos se mostram agressivos com os colegas. Essas são mostras de sofrimento de violência doméstica.
Crianças e adolescentes inseridos em contextos familiares onde há agressão física ou verbal tornam-se pessoas sem norte, sem um ideal a ser seguido. O sofrimento que a criança carrega consigo a deixa desestabilizada e sem ânimo para realizar tarefas.
O que a sociedade precisa urgentemente é de famílias bem estruturadas, onde os pais demonstrem afeto, carinho, segurança aos filhos. Que tenham em casa atitudes responsáveis e que levem em consideração a formação dos filhos, a personalidade dos mesmos que se desenvolve a cada dia. Os filhos se espelham nos pais e eles são reflexo daquilo que lhes foi ensinado em casa.
Os pais precisam ter consciência de que suas falas e seus atos em casa de alguma maneira repercutirão nos filhos. Estes são os primeiros a sofrer as conseqüências dos desentendimentos familiares e os reflexos aparecerão no rendimento escolar e na convivência com os amigos.
Diante de tantas transformações nos dias atuais uma bastante significativa no meio familiar é a desestruturação familiar. São pais separados, pais e mães atarefadas profissionalmente acarretando estresse em casa. São brigas, discussões e violência gerada pelo desentendimento dos pais.
“Convém lembrar sempre que o filho não vai sair fortalecido se um dos pais for massacrado, justa ou injustamente, pelo outro”. (TIBA, 2002, p. 203).
Os pais diante das dificuldades conjugais, profissionais esquecem da formação pessoal dos filhos e da vida escolar dos mesmos. E quando as dificuldades resultam em separação são os filhos que sofrem as conseqüências. São submetidos a discussões, brigas e até mesmo de violência entre os pais e muitas vezes acabam sendo alvo da violência com agressões físicas e verbais. As crianças não têm uma formação adequada e como já mencionado, os pais não proporcionam condições favoráveis ao desenvolvimento dos filhos.
As conseqüências da não participação dos pais na vida escolar dos filhos, da violência doméstica são percebidas no rendimento escolar. A produtividade e o interesse pelo estudo diminuem resultando no baixo desempenho escolar. E a partir daí surge mais violência doméstica como mencionado por Maria Rita Zoéga Soares, Sílvia Regina de Souza, Maria Luiza Marinho (2008, p. 3) no artigo Envolvimento dos pais: incentivo à habilidade de estudo das crianças de que “sem orientação adequada e com pouco tempo, alguns pais acabam usando de práticas coercivas (agressões físicas e castigos) para tentar mudar o comportamento da criança em relação aos estudos”.
A criança precisa dos pais durante sua vida escolar, pois somente com a orientação e o acompanhamento dos mesmos obterão bons resultados na escola. Para isso faz-se necessário que os pais dêem suporte e condições favoráveis ao seu desenvolvimento.

2.2 BULLYING NA ESCOLA
A palavra pode ser estranha, desconhecida, mas a sua prática não está distante da realidade de muitas crianças nas escolas. O Bullying é toda agressão física ou verbal que se repete constantemente e que tem intenção de machucar outra pessoa. Os estudantes estão cada vez mais rebeldes, agressivos uns com os outros devido às transformações sociais a que estão expostos, e principalmente à realidade familiar em que estão inseridos.
De acordo com Carina Rabelo (2008, p. 56) “[...] a palavra bullying se refere às agressões e humilhações [...]. São xingamentos, ofensas, constrangimentos ou agressões físicas que geram angústia, sofrimento e podem causar danos psicológicos imensuráveis nas vítimas”.
A prática do bullying, muitas vezes, é ignorada pelos professores, diretores e até mesmo pelos pais das vítimas. Muitos alunos são ameaçados e com medo das conseqüências se fecham e ainda pagam para não serem humilhados/agredidos ainda mais. Os pais precisam conhecer e saber o que fazer quando seu filho está sendo vítima. Vale ressaltar, mais uma vez, da importância dos pais participarem da vida escolar dos filhos. Se os pais dão suporte, monitoram atitudes e comportamentos, estabelecendo limites saberão quando seu filho está sofrendo ameaças ou agressões.
As crianças precisam ser instruídas a contar sobre as agressões que vêem ou que sofrem. Os professores juntamente com diretores, orientadores e pais precisam orientar os alunos a denunciarem e se foram vítimas para que contem. Pois segundo Rabelo (2008) além da escola, que, como prestadora de serviço, tem o dever de zelar pela integridade física e psicológica dos alunos, o pai do agressor também pode ser punido, mesmo que não tenha conhecimento dos atos do filho.
Os pais precisam estar presentes na vida escolar dos filhos para lutarem contra esse mal que prejudica o desenvolvimento e a formação pessoal das crianças. E com certeza se os próprios filhos são os praticantes do bullying que tomem providências para mudar as atitudes dos filhos. Somente pais e professores caminhando juntos é que poderá haver mudanças significativas na realidade das crianças, pois se isto não acontecer, esse comprometimento de ambos, um acabará culpando o outro e medidas necessárias deixarão de ser tomadas.
“Não há coisa mais linda, mais poética, do que pais serem grandes amigos dos seus filhos”. (CURY, 2003, p. 45).
Quando na relação familiar os pais são verdadeiros amigos de seus filhos há maior possibilidade de perceber quando alguma coisa não está certa com eles. Mudanças no comportamento, na aprendizagem escolar, demonstrando rebeldia, desinteresse pela escola, falta de vontade de realizar as tarefas são sinônimos de que algo de incomum está acontecendo na vida das crianças.
“Os comportamentos inadequados muitas vezes são clamores que imploram a presença, o carinho e a atenção dos pais”. (CURY, 2003, p. 43,44).
Muitas vezes os conflitos apresentados pelas crianças são à busca de alguma coisa que naquele momento está faltando, e pode ser carinho e atenção da família. Demonstrar interesse e participação na vida escolar dos filhos é o remédio para amenizar a prática do bullying na escola.

3 DIREITOS DAS CRIANÇAS
As crianças estão em processo de formação pessoal, física e psicológica. Para tanto se faz necessário que elas tenham condições de desenvolver sua personalidade, principalmente, de maneira saudável. Por estarem ainda em desenvolvimento precisam de atenção e suporte, sendo que deve obtê-los no seio familiar.

A família é uma das instituições mais importantes que existem na sociedade. É nela que crianças e adolescentes recebem as primeiras noções de ética, cidadania e educação. É na relação familiar que ocorre a primeira etapa de socialização da criança e do adolescente, que acontece justamente entre os membros que a compõem. (ROSADO, 2005, p. 45).

As crianças têm seus direitos garantidos e devem ser respeitados. E isto abrange principalmente o meio familiar, devendo este ser bem estruturado. As crianças precisam do apoio da família para se autoconhecerem, precisam da participação dos pais em suas vidas, precisam acima de tudo atenção e respeito.
É de fundamental importância que os pais conheçam os direitos reservados aos filhos enquanto crianças e adolescentes. Eles têm seus direitos garantidos e estão previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Para conhecer melhor sobre os direitos das crianças busca-se fazer reflexões de alguns artigos previstos no ECA, permitindo uma melhor compreensão e até mesmo conhecimentos referentes.

Art.19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre de presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes. (BRASIL, 2006, p. 13).

Sendo assim a criança tem direito a ser criada e educada no seio de uma família sendo que o mais importante é uma família bem estruturada sem pessoas dependentes de vícios, pois pessoas viciadas podem ser violentas ocasionando a violência doméstica. A criança precisa de um ambiente agradável e que propicie boas condições para o seu desenvolvimento.
Uma boa convivência familiar, num ambiente de respeito e preocupação com a formação das crianças. Os pais precisam ser pessoas atuantes na vida dos filhos, pois somente os pais poderão assegurar aos filhos uma boa formação pessoal, e esta inclui a participação na vida escolar dos filhos. Os pais precisam respeitar seus filhos sem agressões, sem violência doméstica, pois somente com o diálogo que os pais conseguirão confiança e conseqüentemente poderão ter o envolvimento na vida escolar dos mesmos.
“Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”. (BRASIL, 2006, p. 13).
Pensamos nas crianças e adolescentes enquanto filhos e alunos. Eles têm direito à dignidade tanto no meio familiar quanto escolar e social. A violência doméstica e o bullying não vão de acordo com os direitos reservados a eles. Por isso os pais precisam oferecer condições dignas aos filhos sem violência doméstica e identificando o sofrimento causado pelo bullying na escola. Para isso faz-se necessário que os pais acompanhem a vida escolar dos filhos, pois somente com o acompanhamento escolar que a criança obterá bom desempenho em sua vida.
As crianças e adolescentes têm seus direitos garantidos, mas os pais precisam ensinar aos filhos que os mesmos não têm somente direitos, mas também deveres. Somente assim é que os pais poderão prevenir seus filhos de serem os praticantes do bullying e também da violência doméstica.
Os pais precisam estar atentos a tudo que acontece na vida dos filhos, acompanhando-os durante sua formação. As crianças precisam de atenção e de acompanhamento durante seu desenvolvimento e cabe aos pais participarem ativamente desse desenvolvimento. Os pais precisam estar cientes de que os direitos das crianças devem ser respeitados e acima de tudo proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento sadio das mesmas.

4 ORIENTAÇÕES DIRECIONADAS AOS PAIS
Os filhos não precisam de pais gigantes, mas de seres humanos que falem a sua linguagem e sejam capazes de penetrar-lhes o coração. (CURY, 2003, p. 19).

4.1 INTERESSE PELA VIDA DO FILHO
A criança está em processo de construção de sua personalidade. Sozinhas não saberão o rumo certo a ser seguido, mas com a orientação dos pais terão êxito nas escolhas feitas durante seu crescimento. O interesse pela vida dos filhos não é só assegurar-lhes carinho, afeto, atenção, garantindo todos os direitos reservados a eles. O interesse pela vida dos filhos é participar ativamente de suas vidas, promovendo diálogos, identificando possíveis problemas e acima de tudo participar da vida escolar dos filhos.
“O interesse e o empenho em educar o filho devem ir além da informação. É preciso que as informações sobre educação, desenvolvimento, drogas e sexualidade e relacionamentos integrais saiam dos livros e entrem na rotina familiar”. (TIBA, 2002, p. 46).
Há muito tempo que os pais sentem dificuldades em dialogar com os filhos sobre determinados assuntos que estão relacionados com a formação pessoal. Nos dias atuais as dificuldades continuam, muitos pais ainda deixam a responsabilidade para a escola falar sobre os temas citados. Porém, para que a criança construa uma educação de qualidade é preciso que os pais desde cedo conversem com os filhos, que os pais se interessem em falar de temas que são importantes aos filhos saberem dos próprios pais. Se a criança vai preparada à escola com informações dadas pelos pais ela vai se sentir mais segura e com suporte para superar possíveis dificuldades.
Segundo Maria Rita Zoéga Soares, Sílvia Regina de Souza, Maria Luiza Marinho (2008, p. 9) no artigo Envolvimento dos pais: incentivo à habilidade de estudo das crianças os pais precisam estar presentes e participar da vida escolar dos filhos.
Os pais devem demonstrar interesse pelas atividades da criança não apenas quando as coisas não dão certo (notas baixas, brigas com os colegas, isolamento etc.). Devem participar de reuniões e atividades comemorativas que a escola organiza, demonstrando que valoriza o seu mundo acadêmico. É preciso que a escola e a família sejam parceiras; a escola pouco pode fazer sem o auxílio e a participação direta dos pais. Educar não se reduz à transmissão de conteúdos; educar é preparar para a vida, para seus desafios e para a realização pessoal. (MARINHO; SOARES; SOUZA, 2008, p. 09).
O interesse demonstrado pelos pais é um incentivo a mais para a dedicação aos estudos, ao bom rendimento escolar e ao bom comportamento. Participar de reuniões e de atividades organizadas pela escola, demonstrando interesse pela vida escolar dos filhos. Procurar o professor, conversar sobre a vida escolar, demonstrar interesse e juntamente com o professor verificar o que pode ser diferente. É importante acompanhar o filho em todas as etapas de seu desenvolvimento, ter interesse pela vida dos filhos é assegurar um futuro promissor e bem estruturado, principalmente de valores.
São com estas simples orientações que os pais conseguirão mostrar aos filhos que se interessa em tudo que diz respeito à educação deles. Em conseqüência do interesse dos pais pela vida dos filhos, estes estarão mais bem preparados para enfrentar dificuldades e saber como lidar com elas. É se espelhando nos pais que um dia as crianças de hoje darão educação aos filhos, por isso é importante que os pais tenham maior interesse e participação na vida de seus filhos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo, direcionado principalmente aos pais, nos mostrou a importância do acompanhamento na vida escolar dos filhos. Ter ou não filhos é uma escolha feita por casais em suas vidas. Porém o simples fato de decidir em ter filhos requer também direcionar o pensamento ao futuro da criança. Nós, pais ou futuros pais, precisamos estar cientes de que devemos ter uma participação ativa na vida dos filhos.
Precisamos caminhar junto com a escola, compartilhando conhecimentos da vida da criança. Dialogar, sendo amigo dos filhos é fundamental para que se possa identificar possíveis problemas apresentados por eles. Precisamos ter uma estrutura familiar sólida, para que a paz e a harmonia se façam presentes no dia-a-dia da família. Faz-se necessário que se detectem problemas familiares ou de bullying sofridos pelas crianças, e os principais responsáveis em deter essa violência são os pais. Não podemos passar os problemas um para o outro – da escola para a família e vice-versa –, pois todos são responsáveis pela educação das crianças.
Não podemos esquecer de que as crianças têm seus direitos e que os mesmos devem ser respeitados. Precisamos estar atentos e seguir as orientações mencionadas neste artigo. Estas podem ser consideradas pouco se pensarmos em tantas outras que também são importantes. Mas é a partir de pequenas atitudes que conseguiremos alcançar bons resultados.
A partir deste artigo pude perceber que a participação dos pais na vida escolar dos filhos torna-se cada vez mais importante e essencial nos dias atuais mediante tantas transformações. Faz-se extremamente necessário o acompanhamento dos pais na vida dos filhos, pois só assim teremos pessoas responsáveis e bons cidadãos.

6 REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Saúde. Estatuto da Criança e do Adolescente. 3. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006.

CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. 13. ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

HUNGRIA, Carol. Rendimento escolar baixo denuncia violência doméstica. Abril, disponível em: . Acesso em: 28 ago. 2008.

MARINHO, Maria. L; SOARES, Maria. R. Z; SOUZA, Sílvia R. de. Envolvimento dos pais: incentivo à habilidade de estudo em crianças. Disponível em:. Acesso em: 02 out. 2008.

RABELO, Carina. Bullying, um crime nas escolas. Isto é, n.2026, p. 56-59, set. 2008.

ROSADO, Evânio. Infância: tempo de brincar e estudar. Santa Cruz do Sul: Meridional de tabacos Ltda, 2005.

TIBA, Içami. Quem ama, educa! São Paulo: Gente, 2002.

(Escrito por Vânia Fuchter Petris em Novembro 2008)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Dia da língua Portuguesa


Dia da língua portuguesa Por que é comemorado no dia 10 de junho o Dia da Língua Portuguesa? Quantas pessoas no mundo falam a Língua Portuguesa? Curiosidades • O dia 10 de junho foi escolhido para representar a data do Dia da Língua Portuguesa, porque marca o aniversário da morte de Luiz Vaz de Camões, um dos maiores poetas portugueses. Ele faleceu no dia 10 de junho de 1580. Camões conviveu com grande parte das aventuras marítimas dos portugueses, conhecendo e poetando também sobre as aventuras de seus antepassados. Esse dia também foi escolhido para ser o Dia de Portugal. • Cerca de 250 milhões de pessoas no mundo falam a Língua Portuguesa atualmente. No Brasil, estão 80% desses falantes. • O português é a língua oficial em: Portugal, Ilha da Madeira, Arquipélago dos Açores, Brasil, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. • A Língua Portuguesa é a quinta língua mais falada do planeta e a terceira mais falada entre as línguas ocidentais, atrás do inglês e do castelhano. • Por toda a importância dada a Língua Portuguesa, seu ensino agora é obrigatório nos países que compõem o Mercosul. História da Língua Portuguesa A Língua Portuguesa está espalhada por alguns continentes, como Europa, América Latina, África e Ásia. Isso se deve à política expansionista de Portugal, nos séculos XV e XVI, levando para as colônias essa língua tão rica, que se misturou a hábitos e crenças diversas e acabou sendo enriquecida com novas variedades regionais. Sua origem está no latim, que os romanos introduziram na Lusitânia, região norte da Península Ibérica, a partir de 218 a.C.. Após a invasão romana da Península Ibérica, todos aqueles povos, com exceção dos bascos, passaram a conviver com o latim, o que deu início ao processo de formação do português, espanhol e galego. Esse movimento de homogeneização cultural, lingüística e política foi denominado de romanização. Até o século IX, a língua falada era o romance, uma espécie de estágio intermediário entre o latim vulgar e as modernas línguas latinas, como português, espanhol e frânces. Essa fase é considerada como pré-história da língua. Do século IX ao XII, encontram-se registros de alguns termos portugueses em escritos, mas o português manifestava-se então basicamente como uma língua falada. Dos séculos XII a XVI desenvolveu-se o português arcaico, e do século XVI até hoje, o português moderno. O fim do período arcaico foi marcado pela publicação do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, em 1516. Já o português de Os Lusíadas, de Luís de Camões, em 1572, marca o ínicio da fase moderna, pois tanto na estrutura da frase quanto na morfologia, ou seja, no aspecto formal das palavras, sua linguagem se mostra mais próxima do atual. No Brasil A Língua Portuguesa aportou em nosso país junto com os portugueses através do descobrimento de nossas terras. Os indígenas resistiram à imposição da língua dos colonizadores, mas como isso não poderia ser evitado, foram promovidos contactos entre a língua portuguesa de Portugal e as diversas línguas índigenas, sobretudo com o Tupi, em sua variedade conhecida como Língua Geral da Costa. Esses contatos deram início às alterações do Português no Brasil, afetando apenas o léxico. Novos contactos ocorreram com a chegada dos milhões de africanos. Posteriormente, novos contactos ocorreram com o espanhol e o francês, por causa das invasões, e as línguas européias de imigração, como o italiano, o alemão, o japonês, e outras línguas trazidas pelos imigrantes.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Amigos...

Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

William Shakespeare