domingo, 24 de janeiro de 2010

DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM

Vivemos na era da inclusão, onde todos têm o direito de ir à escola e aprender, independente das necessidades que apresentam. Para que a aprendizagem seja bem sucedida é importante, tanto para educadores quanto para pais, conhecer e até mesmo saber identificar possíveis distúrbios de aprendizagem. Um dos distúrbios mais comuns é o distúrbio de leitura ou dislexia, este apresentado no texto a seguir. (Vale a pena ler para entender melhor)



DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: SUPERAÇÃO E APOIO

O ser humano durante toda a sua vida está em constante aprendizagem. Já a partir do nascimento a criança começa a aprender a superar limites, dificuldades e também aprende a comunicar-se. A comunicação acontece aos poucos e a criança aprende imitando as pessoas que estão ao seu redor.
Ao ingressar na vida escolar a criança é posta a provações e seu aprendizado e desempenho são avaliados constantemente. À medida que essas avaliações são feitas, são analisados seus rendimentos, seus progressos e quando estes se encontram inferiores ao considerado satisfatório começam a surgir evidências de dificuldades e ela passa a ser vista pelos profissionais como uma criança portadora de algum distúrbio de aprendizagem.
Os distúrbios de aprendizagem variam de acordo com o grau de dificuldade apresentada pela criança, mas o mais comum é considerado o distúrbio de leitura. A grande maioria das crianças que são rotuladas como portadoras de distúrbio de aprendizagem são designadas porque não conseguem aprender a ler.
A criança durante toda a sua infância na sua vida escolar passa pelo mesmo processo educativo que outras crianças, mas no decorrer de seu desenvolvimento não obtêm bons resultados e apresenta muitas dificuldades. Quando não há satisfação do desempenho e das aptidões pode-se considerar que a criança tem deficiência de leitura ou dislexia.
A dislexia pode ser caracterizada como um transtorno que se manifesta pela dificuldade em aprender a ler, apesar de ter a mesma instrução e oportunidades socioculturais. Além da inabilidade e da capacidade imperfeita para ouvir, falar, ler, escrever, pensar, a criança apresenta falta de concentração e inquietação, na maioria das vezes devido ao pouco interesse que apresenta pelo aprendizado. Porém a causa mais aceita é que a dislexia é uma condição genética. O que não se pode generalizar, quando se fala que a criança tem problemas de aprendizagem, são os problemas oriundos de deficiências visuais, auditivas, motoras, perturbação emocional ou de desvantagens ambientais, culturais e econômicas.
A dislexia está presente nas escolas e muito mais do que se imagina. Por isso deve ser diagnosticado o mais rápido possível por uma equipe multidisciplinar para que se inicie o tratamento evitando assim que a criança passe por situações constrangedoras. Além disso, não há motivo para envergonhar-se, pois há casos de pessoas bem sucedidas que sofrem com dislexia, mas nem por isso ela pode ser ignorada.
Na dislexia existem ao todo cinco diferentes categorias que vão desde a dificuldade em escrever (disgrafia), dificuldade com a linguagem matemática (discalculia), dificuldades de concentração (déficit de atenção), até baixa ou excessiva atividade psicomotora (hiporatividade e hiperatividade, respectivamente).
A criança disléxica pode apresentar diferentes sinais que podem ser diagnosticados já na primeira parte da infância como atraso no desenvolvimento psicomotor e no desenvolvimento da fala, inquietação, agitação. A partir dos sete anos quando a criança ingressa na escola outros sinais podem ser percebidos como lentidão na realização das atividades, problemas na leitura, escrita, soletração, mudanças bruscas no humor, dentre outras.
É a partir dos sinais acima citados que pais, professores e profissionais ligados às crianças devem ficar atentos para quanto antes poder diagnosticar o problema e assim poder tratá-lo. Quanto ao tratamento não há só um, mas se prioriza a melhora na fala e leitura, com desenvolvimento de vocabulário e melhoria da compreensão. É muito importante para o disléxico ajuda e apoio dos pais, familiares, amigos e professores. Porém é importante que a criança seja ensinada por professores capacitados, caso contrário pode agravar ainda mais o problema de dislexia da criança. A dislexia tem cura, só é preciso diagnosticar o mais breve possível e tratar de maneira correta.
A comunicação acontece sempre quando pelo menos duas pessoas se encontram. Porém, sempre que um dos lados não compreende, a comunicação se frustra. Valendo-se disso, pensa-se nos deficientes visuais e no seu rendimento escolar. Faz-se extremamente necessário numa sala de aula que tenha um aluno com deficiência visual que se busque meios diferentes para que este também possa chegar ao conhecimento. Insere-se no grupo também alunos com baixa visão e que muitas vezes acabam passando despercebidos em sala.
Os casos acima citados necessitam de atenção especial e para isso o professor precisa atuar diferente em sala de aula. Os recursos visuais para estes casos tornam-se inapropriados e devem ser substituídos por outros meios. A ação de mostrar e apontar, nesses casos, não pode ser percebido.
A utilização de recursos apropriados para alunos com distúrbio de aprendizagem e com deficiência visual torna-se imprescindível em sala de aula. O aluno só é capaz de aprender se o mesmo é capaz de entender o que se passa. Para isso, o papel do professor como mediador do conhecimento é indispensável em sala de aula, e este precisa estar preparado para isso.
Os problemas enfrentados por tais crianças serão minimizados com um acompanhamento adequado de profissionais competentes e capazes de ajudar na solução destes casos. Capacitação adequada, sabendo como agir e o que fazer nos momentos de dificuldade são meios indispensáveis que devem ser utilizados pelos pais, professores e profissionais ligados a estas crianças que apresentam distúrbios de aprendizagem e deficiência visual.
Todas as crianças são capazes de aprender e o que precisam para isso, frente às dificuldades, é apoio e atenção especial. Cabe a todas as pessoas ligadas a elas estarem preparadas para ajudá-las.
(Escrito por Vânia em 2009)

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