quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O compromisso da escola na formação do leitor


Estou lendo um livro com o título “Língua Portuguesa: o compromisso da escola na formação do leitor” e refletindo sobre o assunto, começo a me perguntar: qual é o compromisso da escola na formação do leitor? O que é formar um leitor? É ensiná-lo a ler, decodificando signos, buscando fluência, entonação e rapidez e valendo-se disso para avaliar o aluno ou é ensiná-lo a ler criticamente, entendendo as entrelinhas de um texto?
Vale parar um pouco e pensar a respeito de tudo o que é feito desde o ingresso da criança no ambiente escolar. Primeiro se ensina às crianças a ler, e uma vez que aprendem o que se busca então? Além de fluência, entonação e rapidez? Ou a partir do texto faz-se ditado com palavras retiradas do próprio texto ou ainda questões óbvias para serem respondidas? E o que dizer da leitura feita somente para a avaliação? E onde é que fica o conhecimento?
São questionamentos aparentemente sem fundamento, não é mesmo. Pois é, mas não são. Precisamos desenraizar de que a leitura só serve para avaliação e nada mais. Precisamos fazer com que nossos alunos leiam por prazer, pela busca de conhecimento, para tirar dúvidas de assuntos não entendidos. Precisamos fazer com que nossos alunos leiam além das linhas do texto.
Mas, continuando a falar de assuntos abordados no decorrer da leitura que estou fazendo, o que dizer da concepção (que temos) que responsabiliza o aluno e sua família pelas dificuldades em relação à escola. Que atribui o fracasso escolar das crianças das camadas populares à falta de estimulação às privações vividas por essas crianças em seu meio cultural de origem. Em outras palavras, a criança não vai bem porque não tem estímulo em casa, porque os pais não auxiliam, porque a família não tem o hábito de leitura em casa, porque a criança não tem acesso a jornais, revistas, internet e que por isso a criança não lê bem, não aprende bem. Fico me perguntando quanto disso é real, quanto disso pode ser considerado certo.
Enfim continuo, ressaltando um pequeno trecho que me fez parar e refletir: “Como ressalta Bordenave (1999), desde o pré-escolar até o segundo grau, a disciplina de comunicação e expressão deveria receber maior ênfase constituindo-se no eixo central de todo currículo”. COMUNICAÇÃO e EXPRESSÃO. Acho que não preciso dizer nada.
Palavras e expressões fortes como visão de mundo, transformação social, construção e reconstrução, significado, entre outras deve ser o eixo de nossa atuação em sala de aula. E ainda outra frase do mesmo autor citado acima: “Deseja-se colocar o poder da comunicação a serviço da construção de uma sociedade onde a participação e o diálogo transformador sejam possíveis”. (palavras grifadas por mim).
Bom, não terminei de ler o livro, e adiante temas como hábito de ler, gosto pela leitura, paixão pelos livros, formação do aluno leitor são parte de alguns questionamentos que me faço e que busco respostas. (E espero encontrar).
(Livro do curso da ACAPED)

Um comentário:

  1. é concordo cm vc Vania qnto a leitura, como é dificil fazer com a crianças crieem o gosto pela mesmo tendo as vezes tantas oportunidades, mas isso jamais vai desanimar a nós professores!!!
    parabéns pelo artigo e pelo blog bj

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