sábado, 2 de janeiro de 2010

À revolução, já!


Ao ler o DC(Diário Catarinense) e a coluna de LUIZ CARLOS PRATES de 2 de janeiro de 2010 não se pode deixar de lado o que ele tão maravilhosamente escreveu relacionado à educação.

À revolução, já!

Ano novo, vida nova? Devia ser. Devia, mas não é. A vida para as pessoas comuns, do povo, é uma chatice danosa e irremediável. Só os inteligentes, os apurados da mente se renovam, cortam velhos e desgastantes hábitos e assumem novas e boas posturas. E como esses, os inteligentes, são raros, dá nisso que anda por aí...

Tive algumas horas livres nestes últimos dias. Livres é modo de dizer. Não tendo o que fazer, fui às minhas caixas de sapatos, onde guardo o que de mais significativo tiro das leituras diárias dos diversos jornais que me cruzam as retinas.

As caixas são divididas por assuntos. Fui direto à caixa dos assuntos educacionais, escolares. Meu instinto de destruição só me podia levar a essa caixa. Nesse tipo de arquivo só tenho o que de mais repugnante existe nas questões de educação, ensino, disciplina etc.

Pus a mão no “escuro”, o que viesse da caixa de recortes eu leria. Nada que prestasse. Tirei uma reportagem cujo título era este: Insolência e humilhação afastam os professores das salas de aula.

Reportagem do jornal Zero Hora, de Porto Alegre. Podia ser daqui a reportagem, seria igual, podia ser de qualquer cidade do Brasil, que seria tudo igual...

Li a história de um professor que encerrou a carreira, desapontado, sem apoios, deixado sozinho na rua do desamparo em que hoje vivem os nossos professores.

Antes de contar do que aconteceu ao tal professor, deixe-me fazer uma pergunta à leitora inteligente e que, aposto, não reza pela cartilha do politicamente correto e menos ainda se deixa levar pela nauseabunda pedagogia do amor.

A pergunta é a seguinte: de quanto a quanto vão as notas dadas pelos professores aos alunos numa prova? Exatamente, vão de zero a 10. Quer dizer, o zero significa que o aluno não acertou uma só questão. Dez quer dizer que acertou tudo, todas. Certo? Tão certo quanto o sol do meio-dia.

Pois a história conta de uma guria que entregou a prova em branco, a burra não sabia nada. Ganhou zero, claro.

Ao receber a nota da prova, ergueu-se da cadeira e chamou o professor de puto. Achou pouco, chamou-o de pedófilo. E o professor não é nem uma coisa nem outra, é professor exigente, bom pai, bom marido, jovem, um sujeito tranquilo. Teve que sair da escola, ninguém lhe deu apoio e ainda ouviu críticas, onde já se viu dar zero...

Na minha escola a burra não apenas ganharia zero como seria tirada da sala de aula pelos cabelos. Quando os professores começarem a fazer isso, tudo vai mudar. E para melhor. À revolução. E já, em março...